8/27/2011

Como pensar de forma integrada?

No comércio varejista “aquele da ponta que lida diretamente com os clientes finais” vários processos dão vida ao fomento econômico de uma organização e diversas atividades suportam que tais processos sejam mensurados tendo como indicadores positivos índices de vendas e satisfação dos clientes.
Já parou para pensar o quanto atividades de bastidores que muitas vezes não são observados pelos consumidores podem fazer toda a diferença na hora de mensurar esses resultados? O quanto é importante que sejam alinhadas com setores de vendas e produção?  No qual são os mais importantes em termos de garantia absoluta de atendimento rápido e preciso.
Porém a que se destacar que:
Para atingir resultados positivos entram em cena departamentos competentes preocupados com a perfeita aquisição das matérias primas para a transformação, levando em consideração os custos e demais preocupações existentes na gestão de um todo, e para tais setores como o de compras, por exemplo, ainda que não tenha sua importância associada na hora de indicarem qualidade pelo cliente, representam sim importância vital para o indicador, ainda que não sozinho.
Pensando no ciclo entre aquisição de matéria prima, recebimento, estoque, e conseqüente transformação da matéria prima em produto acabado e consumido, quanta atividade envolvida, e quantos agentes profissionais doando o seu melhor para que se complete o ciclo, ainda mais sabendo da continuidade dia após dia.
Um processo cíclico e de grande importância que destaco neste contexto refere-se ao recebimento de mercadorias, e em qualquer atividade comercial lá esta a figura do recebedor conferente, que dotado de competências tais, faz com que aquilo que previamente é conhecido seja conferido e ajustado com o setor de compras.        
Trabalho de bastidores!
As atividades de recebimento de mercadorias geralmente não são vista pelos que fazem uso de um ambiente de consumo seja em que ramo de negócio a organização atue, portanto essas atividades complementam o que compreendemos ser Logística e por si só não pode ser atribuído todo e qualquer indicador de sucesso, uma vez que não há sucesso se somente um ou outro setor atua visando destaque, sucesso é o resultado de um conjunto de fatores e/ou departamentos que visam o mesmo objetivo.
Imaginemos hipoteticamente o segmento de restaurantes, produto alimentício e de necessidade básica, caso o cliente opte por adentrar no ambiente em uma situação esporádica e momentânea, porém este visando satisfazer uma necessidade vital se depara com um acolhimento antes não visto, onde tudo parece ser feito de uma forma diferente dos demais já vistos. Quais seriam as conseqüências deste acontecido? Encantamento? Talvez! O fato é que tudo antes foi feito para que estas sensações fossem percebidas pelo cliente, e é aí reside minha argumentação.
Antes de conhecer os resultados há de se estruturar toda a cadeia produtiva dotando-a de competências para suprir os objetivos a serem atingidos, portanto lá na ponta estará alguém tido como cliente que não saberá como as coisas são feitas, simplesmente ele percebe que é bem feito.
Agora volto ao ponto que fiz referência: O recebedor então pode e deve receber toda e qualquer mercadoria a ser entregue? Claro que não! Existem características sensoriais a serem observadas no recebimento no tocante aos alimentos, perfeito acondicionamento dos produtos perecíveis respeitando a peculiaridade de cada alimento, atentar para a fabricação e validade exercendo controle rígido evitando a maturação e a conseqüente perda. Ademais o preparo também deverá tomar certos cuidados para então se completar o ciclo desde a compra do produto até a entrega final ao cliente.
Deixando de lado o exemplo dado, é observado em todas as organizações que determinados departamentos são mais valorizados enquanto outros menosprezados e não digo isto no tocante à remuneração e sim nas contratações dos colaboradores e nomeações de “lideres” o que impacta negativamente na percepção dos clientes.  
Logística é isso! A integração de departamentos diversos objetivando atingir sucesso, alinhando as responsabilidades e tratando da importância que cada um exerce na cadeia produtiva, seria absurdo pensar que este ou aquele departamento é o mais importante, este ou aquele é o mais profissional, dessa forma em nada contribui para o sucesso organizacional.
Portanto a Logística propõem a gestão integrada dos processos, desde o setor de compras “administrativo”, passando pela transformação “atividades operacionais” e entrega do produto ou serviço ao cliente final “vendas”.          
Exercer a gestão integrada é pensar sistemicamente, olhar a organização como um todo e atribuir importância igualitária entre os membros de sua equipe, pensar e agir assim é ser Logístico!
Texto de autoria:
Francisco Marcio Ferreira de Oliveira
Tecnólogo em Logística-Universidade Nove de Julho-2011 

8/21/2011

A Administração no futuro

Creio que certamente todos já ouviram questionamentos acerca de: Como será a administração no futuro? Quais elementos serão adicionados ao moderno e dinâmico cenário de negócios? O que será incorporado aos domínios administrativos? O que se espera como competência do administrador inserido neste contexto?
Certamente essas são perguntas das quais estudantes, profissionais, mestres e doutores se debruçam em busca de respostas coerentes com a realidade atual e evolutiva no campo da administração, perguntas como estas já são discutidas em diversos meios de comunicação, dada a dinâmica atual dos negócios que antes estavam perfeitamente atendidos pelo consagrado modelo PDCA “planejar, dirigir, controlar, agir” entre outros elementos característicos da ciência administrativa.
Em uma nova era, onde tecnologia e padronização dos produtos e serviços para os players, em pouco se diferenciam quando inseridos num ambiente de competitividade acirrada, ainda que seja verdade a participação de concorrentes sem estrutura sólida esses também os desafiam, pois acabam por participarem efetivamente desse contexto disputa mercadológica.
“O risco de errar não é uma probabilidade, mas uma certeza” afirma Idalberto Chiavenato, e errar num cenário como este é pôr em risco toda a estratégia de mercado na disputa cliente a cliente, porém errar é tão relativo quanto complexo, uma vez que as áreas se inter-relacionam e qualquer desvio pode impactar nos resultados finais, e questões de tempo dificultam a identificação precoce desses desvios.
Há que destacar a importância deste tema e como cada organização lida com sua evolução natural. Ha pouco tempo atrás para as organizações comerciais, produção e vendas caracterizavam-se como as principais áreas, independente do segmento de mercado, o importante foi e sempre será o cliente e a disponibilidade em atendê-lo de imediato certo, também ha pouco tempo se descobriu que áreas de suporte poderiam agregar valor ao cliente e reduzir custos com a Logística ainda que certas limitações impeçam sua capacidade de potencializar as operações.
Também se descobriu que pessoas que trabalham nas organizações são importantes e não mais meros ativos administráveis ou recursos inertes e padronizados, assim entendemos que os STAKEHOLDERS “público com o qual a organização se relaciona” não só esta restrita a clientes e fornecedores diretos e sim a sociedade como um todo, portanto, deve atuar no mercado com ética e responsabilidade sócio ambiental.
É perceptível a todos que além dos ativos tangíveis, uma organização deve se preocupar também com seus ativos intangíveis, além de toda dinâmica de mercado já conhecida, a organização que deseja caminhar a caminho do sucesso deverá passar pelos talentos, “pessoas dotadas de competências fundamentais para que se possa falar em capital humano e capital intelectual” destaca Idalberto Chiavenato, de onde tiramos a máxima. “Não há nada em uma organização que seja feito, senão por pessoas”
De certo que os desafios enfrentados por profissionais da administração estão se tornando cada vez mais complexos e exigindo desses cultura interdisciplinar além de constante atualização técnica, gerencial e de pessoas.
Como será a administração no futuro?
Pergunta desafiadora, mas certamente a resposta para esta questão será conhecida de várias maneiras e com diversas respostas, todas elas convergindo para a melhoria das organizações, dos estudantes acadêmicos, dos profissionais administradores e da sociedade como um todo, além de lidar com inúmeras variáveis conhecidas e das quais serão acrescentadas, uma coisa é certo será realizada por pessoas, então, seja como for, para os amantes e entusiastas motivos que os farão desafiados não faltarão!

Referência bibliográfica: Revista Administrador Profissional julho/2011

Texto de autoria:
Francisco Marcio Ferreira de Oliveira
Tecnólogo em Logística-Universidade Nove de Julho-2011 

8/07/2011

Invista em Cadeias de Abastecimento Sustentáveis

Organizações com este foco estão redesenhando suas cadeias de abastecimento para responderem a crescente questão na demanda por preços competitivos e soluções ambientalmente responsáveis.
Até recentemente, as cadeias de abastecimento eram projetadas para entregar produtos no prazo e com o menor custo possível. Este ainda é o foco para muitas empresas, mas as preocupações dos clientes aumentaram quanto ao consumo de energia e preservação do meio ambiente, incluindo o aquecimento global. Portanto, as ações relacionadas à sustentabilidade vieram para ficar. As organizações com este foco estão redesenhando suas cadeias de abastecimento para responderem à crescente demanda por preços competitivos e soluções ambientalmente responsáveis.
Redesenhar malhas logísticas em redes sustentáveis é mais do que dar o tom verde à cadeia de abastecimento, também está relacionado à redução de custos. Empreendimentos com cadeia de abastecimento “verde” devem ser de baixo custo, já que estes estão associados ao uso de recursos e, quanto menos necessidade, menor o custo.
Muitas empresas estão despreparadas para serem sustentáveis e não imaginam quantos benefícios econômicos e sociais estão envolvidos na preservação ambiental. Acabam por subutilizar suas redes logísticas e desconsideram questões de visibilidade do fluxo de materiais e informações para melhor controlar as operações de suas cadeias de abastecimento e seus impactos ecológicos.
O uso de ferramentas nos projetos de cadeias de abastecimento incrementa os resultados, incluindo: localização de fornecedores, gerenciamento de riscos, melhoria nos níveis de serviços e mudança nos modos de transportes e política de estoques.
Empregar otimização matemática, ou pesquisa operacional, com modelos de cálculo de emissão de carbono para análise dos vários tradeoffs, permite às empresas identificarem redes logísticas eficientes e com baixa emissão de dióxido de carbono.
É possível identificar melhorias imediatas com a modelagem das emissões de carbono integrada aos projetos desupply chain. As aplicações, não puramente baseadas em custos - mas também com viés ambiental, podem influenciar as empresas a médio e longo prazo na determinação do número de instalações (CD’s, fábricas, etc.), o dimensionamento e a capacidade para desenvolver serviços enquanto, também, reduz seu footprint de carbono.
Aqueles que utilizam ferramentas para projetar suas cadeias de abastecimento beneficiam-se de um planejamento dinâmico entre decisões de fazer ou comprar, entre outras. Através de modelos, podemos quantificar os custos, níveis de serviço e implicações ambientais para cada um dos cenários estudados e prepará-los para as mudanças.
Analisando o impacto do transporte dos produtos e o meio ambiente, podemos obter grandes economias com transportes mais eficientes que, em termos, significam menores gastos com combustíveis e custos da operação logística.
Estoque Conta
Com o projeto de redes logísticas, empresas podem ganhar com seus planos de distribuição ambientalmente adequados. Uma análise e cálculo dos níveis de estoques contribuem na otimização entre níveis de serviço, investimento em estoques e o carbono associado com diferentes modos de transporte e freqüência de reabastecimento.
A mudança para uma cadeia de abastecimento projetada para redução nos níveis de emissões é mais do que o uso de uma ferramenta. Necessita estratégia, compromisso de longo prazo e flexibilidade para se adaptar às exigências de seus clientes.
Edson Carillo é membro do Conselho de Ética da Aslog – Associação Brasileira de Logística, além de diretor da Global Connexxion do Brasil, Consultoria em Supply Chain Engineering.

Rapidão Cometa faz o maior investimento em pessoal da história da empresa

Operador Logístico vai investir R$5,7 milhões em formação, treinamento e capacitação 
O Rapidão Cometa, um dos maiores operadores logísticos do País, vai investir R$ 5,7 milhões em programas de treinamento, capacitação e formação de pessoal ao longo de 2011. Os aportes, 100% maiores que o realizado no ano passado, vão alcançar todos os 8,1 mil colaboradores da companhia, no maior investimento voltado para o setor de recursos humanos já desenvolvido pela empresa. De acordo com a diretora de recursos humanos da empresa, Erica Mansilla, parte dos investimentos contemplam a criação e implantação de duas ações voltadas para a formação de trainees e de gerentes operacionais. "Estaremos formando dez novos profissionais em cada um destes cursos específicos. Quando considerados os programas de formação de líderes operacionais, conferentes, motoristas e de estágio, esperamos formar 305 colaboradores neste exercício. No ano passado foram formados 120 profissionais através destas iniciativas internas do próprio Rapidão", explica Erica. Segundo ela, 90% dos gerentes são formados na casa enquanto o índice de formação de supervisores, líderes operacionais e encarregados chega a 80%. Os demais cursos, que envolvem capacitação, reciclagem e treinamento são dirigidos a todos os outros setores e departamentos da empresa de maneira a aprimorar a qualidade do trabalho desenvolvido junto ao cliente, otimizando o desempenho operacional e dos processos internos. Os programas internos permitem, ainda, a identificação de lideranças intermediárias, redução de conflitos, entre outras vantagens. O aumento dos investimentos na área de recursos humanos é justificado pelos planos de expansão da empresa, que pretende crescer 15% neste exercício e está abrindo filiais em diversos estados do País, em função do aquecimento da economia nacional. "Também é bom observar que mão-de-obra especializada e qualificada é um bem extremamente precioso. Os treinamentos e programas de formação são uma forma que temos para identificar e reter talentos dentro do Rapidão. Estamos "fabricando" estes talentos de maneira a dar sustentação aos planos de crescimento da empresa", observa. 
Fonte: Revista Mundo Logística